Posted by Pedro Azevedo | Posted on 17:46
Estava à espera de um sonoro pedido de desculpas de Carlos Queiroz, aos médicos da Autoridade Antidopagem. O treinador, em entrevista à SIC, confirmou "palavras menos elegantes" que traduziram a frustração de não conseguir demover os médicos, quando estes se preparavam para acordar os jogadores, numa acção de controlo antidoping, no estágio da selecção, na Covilhã. E em vez de falar de chapéu na mão, para os médicos da ADoP, Queiroz preferiu enfatizar o depoimento de Alex Ferguson, testemunha que em sede de inquérito afirmou que teria dito as mesmas palavras... Perante este lamentável caso que está a manchar a imagem do futebol português e do próprio Carlos Queiroz, é urgente afastar a lenha do lume e encontrar um desenlace que minimize os estragos que estão à vista, com a fase de qualificação para o Europeu, a começar... Carlos Queiroz depois dos processos disciplinares instaurados pela própria Federação (um ainda em curso) e com o ataque agora desferido ao Governo, não tem condições para continuar no cargo, termine o castigo daí a um ou seis meses. É legítimo que pretenda defender a honra e reputação, mas em vez de andar a tentar decifrar os nomes dos braços do polvo, deverá ter a consciência que o molusco não tem só uma, mas provavelmente 10 milhões de cabeças que não morrem de amores pelo seleccionador nacional!
E o que há a dizer sobre esta ideia do Ministério da Justiça e do Desporto de criar um Tribunal do Desporto? O que dirá a FIFA, depois de ter dito o que diz acerca das "intromissões" do Estado no futebol, por exemplo, na França?
Pedro, quanto ao caso Queiroz, seja ele o seleccionador ideal de Portugal ou não, está já a brincar-se demais com o nome do homem, e de forma pouco digna, tendo como base essa vontade louca de o mandar embora. A Federação, essa sim, tem que assumir o que fez, e se há que o mandar embora que o mande, mas como diz Madaíl "os objectivos minimos traçados foram cumpridos".
Pedro, parabéns pelo trabalho que sigo com o maior gosto do mundo, seja no relato ou na informação. Referência.
João Barros