Posted by Pedro Azevedo | Posted on 13:48
Em certa medida, lembrei-me do recente Porto-Benfica, ao assistir ao Barcelona-Real Madrid. Tal como no jogo do Dragão, no clássico espanhol, houve um resultado de 5-0 e uma grande diferença no volume de jogo ofensivo, bem como na posse de bola, no número de remates e na qualidade de jogo entre os dois conjuntos. O Barcelona actuou como equipa na verdadeira acepção da palavra. O Real Madrid foi um grupo de individualidades à deriva, durante os 90 minutos. Resultado: uma goleada das antigas. Mourinho preparou o jogo com um discurso demasiado arrogante, anunciando o onze, como se o adversário não o soubesse de cor. Guardiola mostrou mais respeito, e até admitiu a derrota na antevisão do desafio. Um discurso para dentro que resultou e ajudou a espicaçar os seus jogadores. Do clássico espanhol, o mais aguardado do ano, no planeta, um exemplo que representa um enorme “olé” ao futebol português: os presidentes de Barcelona e Real Madrid, reuniram ao almoço esquecendo ódios figadais, em defesa do produto futebol. Uma lição de fair-play impensável no nosso campeonato entre os líderes de Porto e Benfica…
Saudações!
Nem parecia uma equipa de Mourinho, aquela que se apresentou no Camp Nou. A falhar passes, a defender mal, jogadores apáticos, individualistas, etc, etc. Mourinho, contrariamente ao que tinha feito com o Inter, de forma quase perfeita, levou o jogo para um campo que é quase suicidio contra este Barça. Não se pode fazer pressão alta e deixar tanto espaço nas costas da defesa. Mais do que saber pressionar no próprio meio campo, importa anular-lhes o espaço, resistir a sair à pressão, jogar em antecipação. Tudo aquilo que o Real não fez. Para piorar esta situação, o Barça faz um jogo que, ou muito me engano, será o melhor desta temporada (tal como o Porto contra o Benfica).
De qualquer maneira, prefiro ver o Barcelona agora a festejar e ver Mourinho (melhor treinador de sempre) a festejar no fim. Ainda muita água vai correr...
Um abraço do fiel ouvinte,
João