O futebol ficou a perder, com os discursos sobre prendas de arbitragem proferidos por Costinha, Villas-Boas e Paulo Sérgio (por esta ordem cronológica). O director do futebol do Sporting lançou o rastilho. Villas-Boas logo chegou lenha ao lume. E Paulo Sérgio não puxou do extintor; bem pelo contrário...

No futebol, erros dos árbitros haverá sempre. E na minha opinião, contam-se pelos dedos os árbitros portugueses de boa qualidade. Mas muito para além de factores relacionados com a maior ou menor qualidade dos árbitros, diz a história de 77 anos do campeonato português que no final, de cada prova, os chamados grandes, são sempre os mais beneficiados pelos lapsos dos árbitros. Os árbitros, quando se enganam, fazem-no tendencionalmente a favor do mais forte. É assim por razões históricas, pela força social e pelo indiscutível peso nos corredores do poder que os grandes têm em relação aos mais pequenos. Por tudo isto, a plateia do futebol português (que este ano perdeu 52 mil espectadores nos estádios, em relação á época passada), dispensava os ditames de Costinha, Villas-Boas e Paulo Sérgio...