Costinha cometeu a indelicadeza de morder a isca e sujar o anzol, com uma entrevista em que não só escreveu a carta de despedimento do cargo de director do futebol do Sporting, como assinou a sentença do adeus ao dirigismo desportivo. Costinha, como jogador era discreto mas imporante para a equipa. Jogava para o colectivo e ajudou principalmente o Porto a ganhar títulos importantes. Quando já se arrastava no Atalanta, decidiu (e bem) pendurar as botas e o seu clube do coração, abriu-lhe as portas do dirigismo. A passagem pelo cargo foi conturbada e efémera. Costinha sentiu-se a vítima dos maus resultados, numa temporada de fraca qualidade. Costinha pertence a uma estrutura que falhou. Mas ao contrário do que fazia em campo, decidiu apontar o dedo à SAD. Afinal, quem falhou esta época no Sporting não foi a equipa, não foi o treinador e não foi Costinha ! Quem falhou foi a SAD que decidiu vender Liedson agora e não contratar Trezeguet no Verão... Mas mesmo com esses "negócios desportivamente ruinosos", Costinha não tomou a iniciativa que se impunha: demitir-se do cargo no clube que faz esse tipo de negócios... Foi preciso a SAD do Sporting demiti-lo. Assim sendo, só resta a Costinha depois de pendurar as botas, arrumar o fato e a gravata e pendurar a chave dos gabinetes.