Conheci José Mourinho em 1994. Era um jovem adjunto de 30 anos que chegava ao FC Porto como braço direito de Bobby Robson. Nas mais diversas conversas sobre futebol que mantive com Mourinho, bem como na forma como auxiliava o treinador inglês no seu trabalho, vi que estava na forja um homem de muito talento e de forte vocação. Fui dos que não fiquei nada surpreendido com o sucesso que obteve no FC Porto, já como treinador principal. E por mais que a opção do treinador não tenha agradado ao FC Porto, acho que Mourinho fez bem, quando em 2004 decidiu sair do Dragão. O impulso estava dado. Não havia mais nada para ganhar em Portugal. Como objectivo de carreira, o treinador precisava de confirmar noutros campeonatos, o seu enorme potencial e a sua indiscutível competência.Mourinho fê-lo em Inglaterra e depois em Itália. E não tenho dúvidas que sairá vencedor, em Espanha. Mourinho é diferente. É único. É inimitável. É o melhor treinador do mundo. Ainda bem que a FIFA se lembrou agora de o reconhecer... Falta Portugal homenagear Mourinho como principal embaixador do nosso país no estrangeiro. O futebol goste-se ou não, vai sendo um dos raros motivos de orgulho deste país tão deprimido...