Posted by Pedro Azevedo | Posted on 08:10
A Final da Taça de Portugal, vai ter um confronto inédito e nas bancadas, não sendo um caso único, será frustrante, o estádio não estar cheio. A festa do futebol, não terá lotação esgotada no Estádio Nacional. O Desportivo de Chaves acaba de descer à 2ª divisão e a desilusão dos adeptos, tem naturais reflexos na procura de bilhetes...No Porto, a época não entusiasmou mas a força social do clube dará sempre para esgotar os bilhetes que lhe estão destinados. Mas o interesse competitivo do jogo, também não é muito excitante, reconheça-se...
Por último, neste telex para a Federação, acrescento que não há regulamentos que expliquem os adeptos do Chaves tenham que fazer mais de 1000 quilómetros, para assistirem a um jogo e regressarem a casa. E os do FC Porto, à volta de 600. Com uma notícia destas, mais o aumento de impostos, que hoje ficamos a conhecer, eu se fosse sócio de qualquer um dos clubes, provavelmente ficaria em casa.
Não podia concordar mais com o Pedro Azevedo. É de uma grande incoerência realizar esta Final da Taça de Portugal no Estádio do Jamor, localizado em Oeiras, entre dois clubes do norte e num domingo às 17h. Depois dos apelos que a Federação e a Liga fazem para os adeptos irem aos estádios, afinal nem os próprios organismos que regem o futebol português sabem reunir as mínimas condições possíveis para isso.
É impensável que a Federação Portuguesa de Futebol, reitero, marque um jogo desta envergadura para um clube como o Desportivo da Chaves, que desfruta de uma oportunidade única, a 1000 km da sua cidade. Não há nada que o justifique. Para além disso, poderá contribuir para mais um episódio de violência.
Tudo isto só vem reforçar o desnorte total que impera infelizmente nas instituições que mandam no nosso futebol. Sou portista e até poderia eventualmente me deslocar para dar o meu apoio ao meu clube e unir-me à festa da Taça de Portugal, se esta obviamente se realizasse bem mais perto (sou de Matosinhos). Nestas condições, ficarei por casa a vê-lo na TV e de auscultadores nos ouvidos a ouvir o Pedro Azevedo.