O FC Porto cumpriu a missão de levar para o Dragão a 15ª taça de Portugal da sua história, mas não cumpriu totalmente a outra tarefa que lhe competia no último jogo da temporada: dar aos adeptos, uma exibição de gala de forma a poder mitigar uma época de várias frustrações. Frente a um Desportivo de Chaves, que chegou ao Jamor afogado em problemas (descida de divisão e dificuldades de tesouraria, o Porto foi forte na 1ª parte, marcando dois golos e desperdiçando uma goleada. Mas na 2ª parte, adormeceu e realizou uma exibição deprimente, deixando os adeptos sem o sorriso de orelha a orelha que uma conquista de Taça deveria motivar.
O Desportivo de Chaves, a primeira equipa transmontana presente numa final da Taça, teve brio e o mérito de deixar o Porto em sobressalto, nos últimos minutos da partida. O Chaves merecia uma réplica da Taça, após o jogo de despedida do transmontano Jesualdo Ferreira. Um adeus com pouco brilho, do comando técnico do FC Porto. O treinador tem contrato, mas sabe que terá de fazer as malas, depois da época mais negativa do Dragão dos últimos anos.
E jogadores como Bruno Alves e Raul Meireles, também tendo contrato, podem começar a esvaziar o cacifo, depois de uma final, em que só poderão ser recordados pelos piores motivos. Meireles passou ao lado dos 45 minutos que esteve em campo. Bruno Alves foi expulso e teve um comportamento em campo incompatível com o estatuto de capitão. E não foi por acaso que Bruno e Raul, se alhearam da festa em pleno relvado, quando os companheiros exibiam a taça conquistada. Os dois jogadores têm a consciência que terão vestido pela última vez a camisola azul e branca.